Do dia 07 ao dia 11 de novembro, Belo Horizonte foi sede do Encontro TEIA, promovido pelo Ministério da Cultura. O TEIA é um encontro dos Pontos de Cultura participantes do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania - Cultura Viva, e teve foco, neste ano, na relação entre Cultura e Educação. O Ventilador Cultural, como um dos finalistas do 2º Prêmio Cultura Viva, foi convidado a participar do Encontro.
No Centro de Belo Horizonte, pessoas circulavam do Palácio das Artes à Casa do Conde, do Sesc ao Palco em Obras, do Parque Municipal aos diversos locais espalhados pela cidade. Três pães de queijo a 1 real e uma programação extensa e diversificada (com mostras de vídeo, cinema, dança, palestra, seminário...), mas também com falhas na comunicação. Quem se guiava pela programação impressa, não tinha como saber a localização dos eventos. O curta Manual para Atropelar Cachorros, por exemplo, indicava o local: Cinearte Sarau Petrobrás,mas aonde ficava o “Cinearte Sara"?! Não descobri a tempo.
E tempo aí tinha que ser muito bem distribuído: em turismo, contatos e cachaça. Batendo perna, enchendo a bolsa de papel e peregrinando nos inúmeros bares.
Pra gente da área de audiovisual, a Casa do Conde era o point. Lá encontrei Gil e consegui deixar rolando numa ‘pseudo’ salinha de TV os vídeos do Ventilador Cultural e da Telephone Colorido. Um espaço muito legal! Podíamos acessar internet, editar vídeos e desfrutar de bate-papos e discussões com temas e pessoas interessantes.
Conheci muita gente que passava e logo se ia. Era difícil permanecer num mesmo grupo de pessoas. Cada hora conhecia uma diferente. Numa mesa de bar, gente de Roraima, Cuiabá, São Paulo e Recife.
O Brasil não começa no Oiapoque e acaba no Chuí. Ele vai além, não sei bem até onde. Muitos projetos bons, com pessoas extremamente envolvidas.
Alguns sentiram falta de um momento oficial para cada um apresentar seu projeto e conhecer o do outro. Talvez fosse legal mesmo, já que nós do 2º Prêmio Cultura Viva só tivemos dois breves encontros. Porém, um tempo maior “livre” foi oportunidade para trocas naturais e acho que impossível de não acontecer. Lamento não ter conhecido algumas pessoas, mas fico bastante feliz por aquelas que conheci.
Esse Brasil escondido, que não aparece na grande mídia, ainda permanece um mistério pra muitos. Uma prova de que a nossa articulação é imprescindível para o sucesso das nossas ações e fortalecimento da nossa cultura diversamente brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário